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Não sei. Não sei mais o que tenho que fazer, o que tenho que falar... Não adianta. Tsc, tsc. Minha vida tá se resumindo em que? Por que eu tento me enganar, se eu sei que tudo isso não é nada? Nada comparado ao que podia ser, pelo ao menos. Não sei. Não sei se desisto ou se luto pra que isso não morra e pra quando eu conseguir, poder gritar: "foi com meu próprio esforço".
Talvez eu poderia chegar e falar. Bem simples para que tá de fora, mas eu não tenho tanta coragem. Talvez se eu tivesse, não estaria aqui hoje, por que tenho tantos sonhos mas tenho medo de expô-los. Se eu tivesse um pouquinho a mais de coragem, não estaria aqui. Tsc, tsc.
E não é com textos que eu vou conseguir. Até por que quem pode realizar meus sonhos sou eu mesma. Acho que ir pra fora do pais não é pedir muito. E isso não é nada comparado aos meus maiores sonhos.
Talvez se alguém escutasse meu grito calado, não seria tão dificil.
Se eu tivesse o que eu sempre quis, nada seria tão dificil. Mas ninguém nasce com a bunda virada pra lua; e se tudo fosse fácil, infelicidade e depressão não seriam coisas que se vê frequentemente.
Não filosofo, só penso. Se penso, logo existo. Dã.
A maneira mais fácil é agir. Mas eu não posso agir. Não posso por que talvez machucaria meus amigos, minha familia. Talvez escandalizasse as pessoas que convivem comigo. Talvez eu seria vista como uma pessoa má, ruim. Ou talvez eu seria vista como alguém que sonha. E pensar não é comigo. Ou talvez seja.
Arrependimento não é pra mim. O meu lema é "me arrepender somente do que não faço". Talvez por isso eu quebro a cara o tempo todo.
E o meu sapato caro não vai ser comprado tão cedo por esse meu ato de não me arrepender de nada.
Tavez e seja só uma menina burra, que quer aproveitar a vida pra não dizer, depois, que não viveu nada porque tira como exemplo os pais. Ou quem sabe eu sou só uma adolescente em crise que vive em constante contraste com o mundo real.